Imprensa
Entrevistas da Feira Anual de Coleccionismo de Castelo Branco
19 06 2009
Ricardo Branco (Tomar) - Coleccionado/ Vendedor
Há quanto tempo se dedica ao coleccionismo?
Desde pequeno que estou habituado a participar neste tipo de feiras, sempre estive integrado neste ramo, acompanhando o meu pai. A partir dessa altura comecei a fazer algumas colecções, nomeadamente de selos, notas, moedas, e actualmente, tenho-me dedicado a coleccionar discos de vinil e também me interesso por temática ligada à história da cidade de Tomar, como postais, gravuras, livros, e documentos antigos.
Há muita procura no que concerne à temática da História de Tomar?
Sim. A História da cidade de Tomar está muito ligada aos Templários, tal como Castelo Branco, havendo muita procura sobre a história local, o património, toda a cultura que tem passado através dos nossos antepassados, e eu noto que cada vez há mais pessoas a tentar preservar esse património, apesar de não sermos ainda suficientes, pois a cidade ainda não está virada para o turismo e a preservação dos espaços histórico-culturais.
Costuma participar constantemente nas Feiras de Coleccionismo organizadas pela Juventude Albicastrense. Qual a sua opinião acerca das nossas Feiras?
No que diz respeito ao coleccionismo, noto que tem havido maior diversidade de produtos, sendo um meio excelente para fazer trocas, ou para comprar algumas peças que faltam na minha colecção. Olhando para a feira, no ponto de vista de comerciante, esta tem vindo a crescer no número de pessoas que a visitam. A organização tem feito boa publicidade destes eventos, onde faz um trabalho inexcedível, e julgo que têm a preocupação de dinamizarem ainda mais cada nova feira, arranjando também mais apoios, tendo um papel positivo, com a clara intenção de evoluir.
Uma mensagem para a organização da Feira?
Continuem com este trabalho positivo, que têm vindo a desenvolver. Os meus parabéns. Contudo acho que poderiam realizar exposições de varias temáticas do coleccionismo nas escolas, com vista ao incentivo dos novos coleccionadores de amanhã.
Textos e Entrevista: Hugo Rodrigues
Fotografias: Pedro Caio
Link da internet:
Ricardo Branco já perdeu a conta aos objectos relacionados com Tomar que junta há mais de uma década
Colecciona para reconstituir a história da sua terra
O jovem projecta lançar um livro sobre a história das fábricas de papel de Tomar, tema que foi objecto de estudo e que defendeu no final do curso superior.
Faz muitas colecções mas nos últimos anos tem aprofundado o gosto pelos discos de vinil e por objectos relacionados com a história da cidade onde nasceu há 23 anos: Tomar. Ricardo Branco, recém-licenciado em Conservação e Restauro no Instituto Politécnico de Tomar, colecciona tudo o que é possível ter sobre a cidade de onde diz nunca querer sair. "Gosto de Tomar, tem um património fabuloso que não é só o Castelo e o Convento", como a maioria das pessoas pensa, atesta.
Alguns objectos foram herdados da colecção do pai. "Os meus avós tinham uma mercearia em Palhavã de Cima, que na altura era uma parte separada da cidade e muitas pessoas da aldeia iam abastecer-se lá. O meu pai cresceu dentro da mercearia e alguns emigrantes foram-lhe dando notas, moedas ou selos e ele começou a ganhar entusiasmo", recorda Ricardo, sentado numa escrivaninha repleta de objectos na loja de antiguidades da família, na rua Silva Magalhães, em pleno centro histórico.
O mais fascinante para o jovem tomarense reside no facto de, através dos objectos da sua colecção, poder fazer uma reconstituição histórica de factos ocorridos na cidade ao longo dos tempos. Por este motivo faz questão de seriar, inventariar e organizar os postais e fotografias antigos por data. Diz que algumas das imagens são únicas. "Esta foto tem a estátua do Gualdim Pais no chão, no dia em que foi instalada na Praça da República", exemplifica entusiasmado.
Percorre feiras, alfarrabistas e antiquários à procura de objectos e são raros os fins-de-semana que não dedica ao coleccionismo. Por vezes, devido à sua juventude, diz que o subestimam e tentam enganar mas ele não vai na conversa. Já encontrou postais de Tomar em Sevilha e este Verão conta ir a Madrid em busca de outras preciosidades. "Sempre estive ligado ao património e ao estudo das raízes de Tomar", explica recordando a sorrir os tempos em que ia com os amigos explorar cantos e recantos da Mata dos Sete Montes e as grutas no vale do Nabão.
Livros, postais, fotografias, discos, documentos. Não sabe quantos tem na sua colecção e tem dificuldade em dizer de qual gosta mais. Mesmo assim, lá deixa escapar que ficou "maravilhado" quando encontrou um disco dos anos 60 da Filarmónica Fraude, na Figueira da Foz.
Quando Ricardo consegue uma nova peça para aumentar a sua colecção fica sempre com sensação de que é um tesouro encontrado. "Há peças que têm um grande valor monetário e outras um grande valor de estima", diferencia. "Se calhar pouca gente liga a este documento (mostra um folha amarelecida) do reinado de D. Manuel I sobre a Várzea Grande onde refere que no recinto não pode ser feita construção e que o mesmo deve ser preservado para nele se fazer jogos. Para mim tem um valor histórico enorme", exemplifica.
Diz que, muitas vezes, utiliza os postais para fazer pesquisa histórica e até utilizar em trabalhos académicos. O objectivo passa por tentar conhecer mais a história de Tomar e divulgar esta história. Ricardo Branco, que pertence ao Clube de Coleccionadores local, assume a paixão que tem por Tomar e, por isso, ambiciona desenvolver a sua vida profissional nesta cidade. Tem na manga um projecto, ainda algo embrionário, de constituir uma empresa de venda de antiguidades e coleccionismo e pretende lançar um livro sobre a história das Fábricas de Papel de Tomar estudo que defendeu no final do curso e que vai completar com um mestrado.
http://semanal.omirante.pt/index.asp?Action=noticia&id=56057&idEdicao=402&idSeccao=6102
Encontro de coleccionadores em Esmoriz - Quem guarda por gosto não cansa Por: Sandra Marques |
A 14ª edição do Encontro de Coleccionismo de Esmoriz, realizada no último sábado, provou mais uma vez que tudo pode ser guardado e coleccionado: dos comuns calendários, moedas e selos aos mais invulgares pacotes de café em grão, cartões telefónicos, ‘surpresas kinder' ou bilhetes de comboio (ou até "Cédulas e Títulos de Sociedades Anónimas extintas", para recordar um memorável programa do Gato Fedorento). Ao todo estiveram reunidos no encontro 91 expositores, vindos de todo o país, que fizeram desta edição a mais participada de sempre, de acordo com os dados da organização. Projecto em Mente Casa Cheia |
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